Depois do Pinguim (aquela atualização que muita gente não botou fé) houve uma preocupação constante sobre o trabalho de link building, e acredito que muita gente tem motivos pra isso. É tempo de rever estratégias, recomeçar, refazer, fazer direito. Até porque os updates não param e não vão parar (Pra quem não viu, no dia 25 de junho houve mais uma atualização do Panda).
Na segunda-feira, rolou um ‘bate papo’ no grupo de link building do Facebook, iniciado pelo amigo Coca Gelada:
Algumas das respostas:
Pra ver todas as respostas, leia o tópico.
Eu também comentei e disse que acredito que está se tornando mais social sim. Mas, se formos parar e analisar, não é só o link building que está mudando. As atualizações frequentes do Google, os robôs cada vez mais inteligentes é que estão fazendo com que SEOs mudem a forma de pensar e fazer link building (e não só link building) e procurem entender o comportamento do consumidor. E isso está fazendo com que essa modalidade se aproxime do usuário e passe a criar mais estratégias de link marketing, e não simplesmente a construção de links.
O foco não passou a ser o usuário. Ele sempre foi. A diferença é que agora o Google está forçando e reforçando isso pra quem ainda não havia entendido. É o sentimento de satisfação do usuário que gera a linkagem natural, tão apreciada pelo Google. E aí, entramos em outro ponto: a naturalidade dos backlinks.
Vi esse tuite do Marcelo Ribeiro e corri pro relatório da MajesticSeo fazer análise de anchor text dos backlinks de alguns sites. Coisa ‘boba’, que às vezes a gente não se atenta o suficiente. A linkagem mais natural que existe é feita com citação de marca e não de keyword.
Isso porque, se fossemos pensar como usuários comuns, que sequer sabem da existência desse universo paralelo chamado SEO, linkaríamos utilizando keyword exata? No mááááximo, faríamos de uma frase o anchor, ou, iríamos recorrer aos junk anchors: clique aqui, veja mais, informações, visite o site… E por aí vai, caso contrário, seria exatamente o que ele disse.
Assim como o foco sempre foi o usuário, a chave sempre foi o conteúdo. Isso só se tornou mais evidente de uns tempos pra cá porque o Google passou a ser mais rígido com quem anda fazendo spam ou descumprindo o que dizem as diretrizes de qualidade. (E vale lembrar: o abuso é que muitas vezes gera a punição. Tudo que é demais enche! Lembrem-se disso).
Mas, voltando ao link marketing. Em toda estratégia de marketing, online ou offline, o foco é a satisfação do cliente, ou possível cliente. E como se faz isso: dê ao usuário o que o usuário quer. Antecipe desejos ou simplesmente mostre que ele precisa de algo que ainda não tem.
Quando satisfeitas, as pessoas tendem a comentar, incentivar outras a usarem o mesmo produto. Fazem propaganda boca-a-boca, e de graça. E isso, no mundo online, é o que? Compartilhamento! (Eu já falei disso no artigo Conteúdo: O preto do Marketing Digital, e depois, rolou outro artigo da Pri Yamany falando sobre Conteúdo engajado em dias de Panda. Vale a pena ler!)
Social SEO
Quanto ao Google estar ficando cada vez mais Social, segundo tuites de quem participou do SMX, Matt Cutts afirmou que a web está se tornando mais social. E não há como negar: likes, shares, tuites, retuites, menções… Embora métricas básicas, são consideradas formas de mensurar o engajamento da marca nas redes sociais. Se um usuário gostou de um produto, o que ele faz? Curte. (Então, deixe o ‘curtir’ ali, bem pertinho e bem visível, tá?!). E não é só produto: artigo, imagem, vídeo, frases, sorteios… O que você oferecer e for bom pra ele, é bom pra você também.
E pensem assim também para a real life. Há quem chegue em restaurantes e, antes de pedir o cardápio, pergunta se tem wifi. Pra postar fotos no Instagram, compartilhar no Twitter e Facebook, pra dar check-in no Foursquare. E isso faz o que? Fixação da marca.
No último fim de semana, durante inauguração do restaurante de amigos, compartilhei algumas fotos e logo recebi comentários e mensagens perguntando onde era o local, e claro, respondi e recomendei. Ou seja: eu, enquanto cliente, trabalhei na divulgação do restaurante. Assim como fiz o lado de advogada também, defendendo a empresa de alguém que falou mal no Twitter. É essa a vibe: dê o wifi e deixe o cliente fazer a propaganda pra você. Unindo offline e online! (O wifi, é nesse caso tá?!)
E aí, entra também a importância de manter bom relacionamento e envolvimento com a clientela já fidelizada, e com os possíveis clientes. Usar os perfis que realmente geram engajamento e, sim, otimizar as descrições de profile (e não adianta ter perfil em todas as redes sociais que surgirem, quando só em uma delas você tem engajamento de fato).
O Google mostra esses resultados na SERPs (os seus perfis em redes sociais) então, é importante mostrar que, além de presença online, você mantém diálogo com seus seguidores e amigos, e se importa com eles.
Saia da Caixa
Acredito que esses updates contribuem, e muito, para separar o joio do trigo no mercado. Eles tornam o SEO mais desafiador e fazem com que profissionais e agências se adéquem, passem a oferecer serviços de maior qualidade, saiam da caixa mesmo, usem a criatividade e, sobretudo, entendam as necessidades do público alvo e as atenda de formas diferenciadas, interativas, mais sociais e mais humanizadas. (E aqui, SEO de Performance ajuda muito)
Não adianta você ter um site, e não ter conteúdo. Não adianta ter conteúdo se ninguém encontra pra ler. Não adianta ler se não tem como contar para outras pessoas. E contar pra outras pessoas só vai valer a pena, se o conteúdo satisfizer.
Se você tiver um dos fatores acima, e não tiver o restante, vai ser como gritar em uma sala vazia. Só você vai ouvir o seu eco.
E mais, pra garantir o seu posicionamento como marca, pense em conteúdo atualizado e frequente. Um amigo me perguntou: “Porque será que as pessoas acham que postar todos os dias influencia no ranking de um site?”. A frequência de postagem pode não ser diretamente um fator de rankeamento, mas ajuda. Gera tráfego constante e novas visitas, faz com que as pessoas falem sobre você. Pense: se ao fazer uma pesquisa você entrasse em um blog com conteúdo de quatro meses atrás, e em outro com postagem de um dia atrás, entre outros conteúdos recentes, pra qual deles você daria mais atenção, e até voltaria para fazer outras pesquisas?
Comparação entre tráfego orgânico e tráfego de referência – que indica o acesso a um endereço na web a partir de links diretos publicados em outras páginas, bastante útil para o trabalho com midias sociais.
A sétima das 131 estratégias de link building (em inglês), também afirma isso, mas abordando a forma de linkagem: pense no tráfego. Se você, ao fazer um link, pensar que aquele seria um link que te agregaria algo enquanto usuário, é um local onde você clicaria, siga em frente. Se não, sinal vermelho. É melhor repensar. (E leiam o artigo. Podem até pensar: Hum, mais um chovendo no molhado, mas tem muito a ser aproveitado ali!)
Crie seu conteúdo otimizado sim, dê destaque às suas palavras chave, mas faça isso de forma contextualizada e sem forçar a barra – seja referência e entenda seu público. Utilize todas as ferramentas que estiverem ao seu alcance e forem relevantes, fique atento aos seus ativos linkáveis, use a criatividade, cruze dados do site com dados das redes sociais, entenda o que o seu público quer, e colha os frutos.
Leitura indicada:
Social Media influenciando o Google (com vídeos)
Como SEOs profissionais fazem link building
SEO + Social: A influência do usuário no Ranking
Link Building pós Pinguim (pra ouvir)
8 attributes of content that inspires action
Como o buzz pode auxiliar na estratégia de atuação em mídias sociais
9 questions to Shape and Future-Proof your Link Building strategy
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